A
Independência do Brasil, comemorada em 7 de setembro, foi um dos acontecimentos
que mudou os rumos de nossa nação.
Vários
eventos desencadearam a necessidade de ficar independente de Portugal, portanto
é importante entender a história desde o começo:
A Família Real chega
ao Brasil
Com
a chegada da Família Real ao Brasil, começa a se delinear uma nova condição
econômica, pois, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser
colônia, atendendo assim aos interesses da elite agrária brasileira. Apesar de
ainda ser um momento inicial da história, esse episódio, que marca a política
de D. João VI no Brasil, é considerada a primeira medida formal em direção à
independência.
Revolução
Constitucionalista e Revolução Liberal do Porto
É
claro que os aristocratas portugueses não gostaram nada dessa situação, pois
perdiam cada vez mais espaço no cenário político, assim, passam a alimentar um
movimento de mudanças que culminou em uma revolução constitucionalista em
Portugal.
A
Revolução Liberal do Porto foi outro movimento marcante da época que tinha como
objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma
liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil novamente à
condição de colônia.
Decorrente
desse movimento os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia
Nacional que ganhou o nome de “Cortes” que tem como protagonistas as principais
figuras políticas lusitanas exigindo que o rei Dom João VI retornasse à terra
natal para e legitimasse as transformações políticas em andamento.
Temendo
perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho,
Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.
Príncipe Regente e
novas diretrizes
Durante
um tempo, D.Pedro seguiu ordens da corte portuguesa, mas acabou percebendo que
as leis vindas de Portugal pretendiam transformar o Brasil novamente em uma
simples colônia.
Então
pouco depois que assumiu, Dom Pedro I passou a tomar medidas em favor da
população e começou a ganhar prestígio. Suas primeiras medidas foram baixar os
impostos e equipar as autoridades militares nacionais às lusitanas. Inicia-se
um dos momentos mais conturbados desse período, pois essas ações desagradaram
muito as Cortes de Portugal que exigiram que o príncipe retornasse para
Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada
pelas Cortes. No Brasil, os defensores da independência iniciaram uma campanha
pedindo que o príncipe regente permanecesse em nossa terra.
A
pressão portuguesa despertou a elite econômica brasileira para o risco que de
um novo domínio e o retorno ao estado de colônia. Assim, os grandes fazendeiros
e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I e
incentivá-lo a ser líder da independência brasileira.
No
final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram seu auge, os defensores
da independência organizaram um grande abaixo-assinado solicitando a
permanência e Dom Pedro no Brasil.
Neste
contexto e atendendo a demonstração de apoio, no dia 9 de janeiro de 1822, D.
Pedro recebeu um abaixo-assinado pedindo-lhe que ficasse. Ele atendeu ao desejo
do povo declarando: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da
nação diga ao povo que fico". Dom Pedro I reafirmou sua permanência no
cenário político brasileiro e atendeu aos interesses dos ricos fazendeiros
brasileiros e esse dia passou a ser conhecido em nossa história como o Dia do
Fico.
Finalmente a
Independência!
Dom
Pedro I logo teve a iniciativa de incorporar figuras políticas brasileiras que
eram a favor da independência aos quadros administrativos de seu governo. Ele
também decretou que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua
autorização prévia.
Foi
justamente essa medida que tornou sua relação política com as Cortes
praticamente insustentável e, em uma última tentativa, a assembleia lusitana
enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para
Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse
imediatamente cumprida.
Ao
tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I fez uma declaração oficial
afirmando assim seu acordo com os brasileiros. Declarou a independência do país
no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo.
Nos
meses seguintes, os brasileiros venceram facilmente o ataque das tropas
portuguesas, com apoio inglês. Em pouco tempo, vários países da América, que já
haviam se libertado do domínio europeu, apoiaram oficialmente nossa
independência.
D.Pedro
tornou-se o primeiro imperador do Brasil, com o título de D.Pedro I.
O
Brasil passou a ser uma monarquia, uma forma de governo em que os poderes são
exercidos pelo imperador ou rei.
Curiosidade
Um
dos primeiros a reconhecer o Brasil como uma nação foram os Estados Unidos. O
reconhecimento de Portugal só veio em 1825, em troca de uma indenização de 2
milhões de libras.